Aproximadamente 20% dos pacientes com COVID-19 apresentarão dispnéia e hipoxemia por volta do 5o dia da doença. Nestes pacientes os achados da tomografia computadorizada são muito importantes para o melhor entendimento do acometimento pulmonar, assim como descartar doenças associadas. Importante afirmar que o diagnóstico de COVID-19/ SARS-CoV2 é feito pelo swab positivo, não devendo a tomografia ser usada em detrimento da coleta do exame confimatório. Este quadro clínico demanda hospitalização destes pacientes para oferta de oxigênio suplementar e monitorização intensiva ainda que o paciente ainda não esteja alocado em ambiente de CTI. Há recomendação de uso de cateter nasal de alto fluxo e/ou ventilação não invasiva em pacientes que cursam com piora, porém esses recursos ampliam a disseminação de aerossóis, comprometem a segurança da equipe de saúde envolvida nos cuidados e ainda pode postergar a intubação orotraqueal.
A intubação orotraqueal é considerada a melhor prática no paciente que evoluiu com piora em vigência de oferta de oxigênio suplementar não invasivo. Deve ser feita sob medidas peculiares, time com expertise em via aérea e sob medidas de segurança com uso de EPI adequado. Portanto, recomenda-se que a intubação seja feita eletivamente, evitando-se ao máximo situações de emergência.
A ventilação mecânica deve seguir o protocolo de ventilação protetora preconizado para síndrome do desconforto respiratório agudo (SARA/ARDS).
Dra. Paula Werneck ? Pneumologia e Medicina Intensiva
Links:
Radiology. 2020 Feb 26:200642. doi: 10.1148/radiol.2020200642
https://www.bsti.org.uk/mediacentre/news/new-covid-19-bsti-statement-and-guidance/
Intensive Care Med https://doi.org/10.1007s00134-020-05967-x
JAMA Published online March 11, 2020 doi:10.1001/jama.2020.3633