O que é?

O câncer de pulmão é um tumor frequente tanto em homens como em mulheres, geralmente acometendo pessoas acima dos 50 anos. É decorrente de mutações genéticas sucessivas em células dos alvéolos pulmonares ou dos brônquios. Tais mutações fazem com que estas células tenham propriedades diferentes das células normais e as levam a se proliferar desordenamente, a invadir estruturas adjacentes e criar colônias em outros órgãos (metástases).

Possíveis causas

A principal causa do câncer de pulmão é o tabagismo (hábito de fumar). Pessoas que fumam podem ter até 20 vezes mais chance de desenvolver este câncer do que aquelas que nunca fumaram. Outros fatores podem aumentar o risco de câncer de pulmão, entre estes a história familiar de câncer, o tabagismo passivo, a exposição a poluição ambiental, exposição a asbesto e ao radônio.

Sintomas

Infelizmente, o câncer de pulmão não causa sintomas em suas fases mais iniciais, tornando difícil o diagnóstico precoce. Na grande maioria dos casos, o diagnóstico precoce é feito de forma incidental, quando o paciente faz algum exame de imagem, seja radiografia ou tomografia de tórax, por motivo não relacionado ao câncer e é encontrado um nódulo pulmonar. Contudo, quando o tumor cresce e começa a invadir estruturas adjacentes, podem aparecer sintomas como tosse, escarro com sangue, dor torácica, falta de ar, rouquidão e perda de peso.

Diagnóstico

O diagnóstico por imagem do câncer de pulmão é feito por radiografia de tórax ou, idealmente, por tomografia de tórax. Entretanto, a biópsia é o método de diagnóstico definitivo e envolve a retirada de um fragmento do tumor para análise anátomo-patológica. A biópsia pode ser realizada por punção guiada por tomografia, por broncoscopia, por mediastinoscopia ou videotoracoscopia.

Tratamentos indicados

O tratamento do câncer de pulmão varia conforme seu estádio (extensão da doença no próprio pulmão e eventualmente para outros órgãos). Logo, antes de definir a terapêutica, o estadiamento é essencial. Primeiro, é necessário descartar metástases a distancia (cérebro, ossos, glândula supra-renal e fígado) e, para isso, utilizamos o PET-Scan (exame de imagem) e a ressonância magnética do crânio. Além de afastar metástases à distancia, o estadiamento mediastinal é importante para afastar comprometimento dos linfonodos mediastinais. Para tanto, além dos exames de imagem (PET-scan e tomografia) usamos a mediastinoscopia ou o ultrassom endobronquico. Pacientes com tumores localizados no pulmão, nos quais foram afastadas metástases à distancia e nos linfonodos mediastinais, o tratamento é a cirurgia. A cirurgia pode ser uma lobectomia, segmentectomia ou pneumonectomia conforme o tamanho e localização do tumor. Tais procedimentos, atualmente, podem ser realizados através de cirurgia robótica, que é nossa técnica preferencial (para maiores informações sobre evidencias científicas de vantagens da cirurgia robótica, clique aqui). Quando há comprometimento de linfonodos do mediastino o tratamento envolve a combinação de quimioterapia e radioterapia, em casos muito selecionados a cirurgia também pode ser oferecida. Para pacientes com metástases a distancia, a quimioterapia é o tratamento de escolha.