Segurança e Experiência do Paciente submetido a cirurgia torácica

O II Simpósio de Boas Práticas de Cirurgia Torácica realizado em 30 de novembro em São Paulo reuniu diversos especialistas com o intuito de discutir, frente melhor evidência científica, como aumentar a segurança e melhorar a experiência do paciente que necessita de atendimento pela especialidade.

Dr Ricardo Terra abriu o evento relembrando que o evento do ano passado deu origem a uma série de ações que modificaram a prática clínica da equipe e que o objetivo principal deste segundo evento seria refinar detalhes que ainda não conseguiram ser implantados ou que precisem de modificação frente a novas tendências na literatura.

Responsável por discutir especificidades na condução da drenagem torácica Dr Pedro Nabuco fez sua apresentação demonstrando que o uso do dreno digital com baixos níveis pressóricos é capaz de reduzir o tempo de drenagem sem incorrer em aumento de eventos após a retirada do dreno.

Atuando como comentador na mesa "Desafios clínicos no perioperatório" Dr Carlos Eduardo Lima apontou que  a integração do cirurgião de tórax com o pneumologista é fundamental para assegurar uma boa recuperação nos casos de pacientes pneumopatas desde o período anterior a cirurgia.

A apresentação sobre como operacionalizar o jejum ficou a cargo do Dr Felipe Braga que  além de trazer pontos importantes da literatura justificando essa mudança de paradigma também compartilhou sua experiência pessoal de como implementar essa medida sem incorrer em divergências de conduta com anestesiologistas e enfermagem.

Dr Alessandro Mariani terminou o evento como uma aula sobre a utilização de protocolos ERAS (Enhanced Recovery After Surgery) em Cirurgia Torácica com a informação que no início de  2019 foi publicada uma diretriz recomendada pela European Society of Thoracic Surgery que lista 45 itens que divididos em períodos pré, intra e pós-operatórios servindo como a primeira normatização internacional sobre o tema especifica para cirurgia de ressecção pulmonar.